Agronegócios
Dólar não vai atrapalhar milho em 2020
Compartilhe:
De acordo com a T&F Consultoria Agroeconômica, embora teoricamente se possa afirmar que o Dólar esteja muito acima do nível em que deveria estar, ao redor de R$ 3,50 ou R$ 3,60, há diversas razões para o governo mantê-lo acima dos R$ 4,00 pelos próximos três anos. Essa visão é compartilhada pelos 100 maiores economistas pesquisados semanalmente pelo Relatório Focus, do Banco Central.
“Em primeiro lugar, um dólar desvalorizado no Brasil atrairia investimentos externos e um dos incentivos seria comprar dólar barato no país. O Brasil precisa atrair investimentos externos porque sua poupança é baixa; em segundo lugar, os exportadores teriam incentivos para produzir mais e exportar mais, gerando mais empregos, renda e impostos e ocupando espaços na economia mundial”, sustenta a T&F.
Mas e os preços dos insumos, que são dolarizados? De acordo com os analistas, há algumas estratégias para garantir preços de compra de milho dentro dos custos de produção de ração. Segundo eles, os métodos estão acessíveis aos grandes compradores, que podem estar preocupados com os altos preços da sua matéria-prima.
“A saída que está à sua mão é o uso dos mercados futuros, que, no Brasil estão materializados na B3, de São Paulo. É possível a fixação de preço do milho nos valores atuais, antes que subam significativamente, a fim de se obter um custo da matéria-prima menor do que se comprada nos mercados spot. Bem administrado, com um bom programa de marketing e divulgação, este pode ser o ano de um grande boom para o mercado futuro de milho na B3 de São Paulo, já que a tendência mais definida do milho está no Brasil e não tanto em Chicago ou no Matba, por exemplo”, conclui a T&F.
Agrolink